sexta-feira, agosto 11, 2006

De volta a escola (olha que titulo criativo, putz..)

A escola, como verão agora, não me foi totalmente inútil, pelo menos serviu como pretexto pra minha mãe ter que comprar cadernos e canetas, e enquanto os poucos professores que lá apareciam tentavam atrapalhar meu desenvolvimento cerebral com seus importantissímos ensinamentos sobre a constituição fisiológica da minhoca ou a formula química do butano, eu devotado aluno que era, tinha coisas mais legais pra fazer na hora, tipo o que??, ué, eu só tinha papel, caneta e tinha que ficar la pelo menos 4 horas todo dia, então eu tinha que passar esse tempo inutil fazendo alguma coisa, e eu fazia, ficava rabiscando no caderno, na carteira, até na lousa, mas enfim, isso pelo menos até eu começar a jogar truco, rs.

Aqui vai uma pequena explicação em minha defesa, não que eu fosse burro, realmente não sou, bom.. não muito, mas enfim, eu sempre tive certa facilidade pra aprender, desde que claro, me interessasse ou a professora fosse boa mesmo, o que nao acontecia tanto quanto eu desejava, ensino ruim+professor despreparado e desmotivado= a desânimo, e essa equação eu aprendi na pele.

Hoje resgatei alguns cadernos do meu ultimo ano de escola, neles achei muita porcaria desenhada, algumas vou colocar aqui, meu ultimo ano escolar foi em 1999 e esses desenhos se remetem a esse ano e ao posterior.
achei até um redação dessa época, a qual vou reproduzir agora na integra, veja só o talento literario do garoto, nossa.

"Nome: M. Oni
N° 22
Série: 3°C
Data: 07/04/99

Velando o sono.

No dia 1° de abril de 1999, Aninha e sau mãe Gioconda estavam passeando num parque do Rio de Janeiro, quando deram e frente com 13 bandidos todos com armas nas mãos e matando um casal que namorava por ali, de repente todos os bandidos partiram pra cima das duas que ficaram apavoradas.
Mas antes que acontecesse o pior, Gioconda reconheceu em meio aos bandidos um antigo namorado dos tempos de estudante, este ao reconhece-la tratou-a com muito respeito e depois de matarem as saudades um do outro o bandido de nome Gilete convidou as duas para um arrastão na praia.
Elas foram, e se divertiram muito, depois eles foram trocar tiros com a polícia e por fim foram a um local público para cheirar um pouco de cocaína.
Felizes pelo dia muito agradavel que tiveram elas foram para casa pois já estava ficando muito tarde, era cerca de 4:45 da madrugada.
Ao chegarem em casa, Aninha cansada, pelo dia agitado foi dormir em seu quarto.
Mas não consequiu, chamou sua mãe para lhe fazer companhia, e sua mãe ficou lá a noite toda velando seu sono.
Porque?
Porque Aninha tinha medo do monstro do armário e do escuro.

FIM"

Fico pensando que se isso fosse nos Estados Unidos, eu teria sofrido algum tipo de pressão ou até mesmo teria sido investigado pelo FBI, como provavel adolescente homicida, mas enfim, tava mais interessado em rabiscar, jogar truco e jogar Winning Eleven do que sair por ai metralhando os outros, coisa de brasileiro subdesenvolvido sabe.

Seguem abaixo algumas cretinices dessa época.

Isso ai em cima eu tinha desenhado na capa do meu caderno, era pra ser a página inteira, mas preguiçoso desde aquela época cheguei só na metade, usando um personagem que desenhei durante um tempo, o Nenê da tia Matilde (meu deus, eu ainda me surpreendo com minha criatividade inovadora e revolucionária, ai ai, (e pra quem não notou, eu estou sendo sarcático viu, rs) mas enfim, não posso omitir detalhes)

Esse desenho, ao contrário, gostei muito, lembro que levava umas folhas extras no caderno, pra alguns desenhos mais elaborados, porque a maioria fazia no caderno normal mesmo, com aquelas linhas atrapalhando, e essa tentativa de desenhar o hiei do Yu Yu Hakushô eu achei que tinha ficado bacana por isso guardei.

Aqui um desenho no caderno de desenho mesmo, que todo ano comprava, mas como quase nunca tinha aula, sempre sobrava mais da metade das folhas ainda limpinhas no fim do ano, essa minazinha era pra uma historinha que eu tava bolando na minha cabeça na época, um troço meio spawn, sei lá, tenho ainda os outros personagens do mesmo universo desenhados aqui, e alguns são realmente legais para mim.

Aqui um diretamente na folha de caderno mesmo, putz, fase Dragon Ball, não curto muito o desenho na verdade, achava legal o comecinho, e gostava de alguns personagens, o Freeza era um deles, por isso tenho varias tentativas de desenhos dele no meu caderno.

As vezes não resistia e desenhava em cima da máteria mesmo, não queria nem saber, rs.

Aqui um pequena histórinha de uma pagina que fiz pra um trabalho de edução artistica, tirei A na época, mas o mais importante nela é mensagem bonita que ela expressa, hahahaha, fruto de um época tb, mas ideológica, que só o meu gosto era bom, e o resto não prestava, enfim, hoje até aprendi a ser mais maleavel, sei que meu gosto presta mesmo, mas as outras pessoas não tem culpa de terem mal gosto, só foram influenciadas negativamente pela sociedade que as cerca, ou coisa assim, rs. Não sei se vai dar pra entender, tenta clicar na imagem pra amplia-la.

E pra encerrar, um história de 3 páginas, que fiz num caderno de desenho, vou colocar o link aqui, vocês vão poder ver uma obra prima da inspiração humana, Neil Gaiman? Alan Moore? Frank Miller? Katsuhiro Otomo? Moebius?? Mauricio de Sousa?? que nada, nenhum deles jamais consequiu conceber obra tão magnifica quanto esta, hahaha (por favor, polpem meus antepassados, sobretudo minha vovózinha). clique aqui

segunda-feira, julho 17, 2006

Mais um dia

Deus estava entediado naquele dia, não tinha nada pra fazer, são Pedro tinha desmarcado um encontro pra um joguinho amistoso de cartas de fim tarde, tudo por conta de um disputa infantil com Poseidon pra ver quem fazia o maior Tsunami lá pelos lado da Ásia, ah aqueles velhos, era um competitividade que dava até raiva..., Bom, mas sem me desviar muito da coisa, voltemos ao nosso bom e velho amigo Deus, recostado na sua poltrona pensando no que fazer da vida.

Enquanto ele não se decide localizamos João José la embaixo, naquela bola de água e terra que ele criou a alguns anos pra seu divertimento pessoal. Ele esta saindo de casa, segunda feira, dia de procurar trabalho, faz quase dois anos que ele ta parado já, e hoje ele tem uma entrevista marcada depois de algum tempo só batendo perna, ele ta confiante, tem que estar, alguém disse pra ele que é bom sair assim já, pessimismo é ruim, otimismo não, até ajuda na hora, embora ele não saiba como isso iria o ajudar, mas ta, já que todo mundo diz que ajuda, pode não fazer bem nenhum mais mal tb não vai fazer conclui ele, então sejamos otimistas, isso mesmo João otimismo meu rapaz, deus esta olhando por vc.

Nesse momento Deus olha pra João mesmo, lá de cima, da sua imponência, sentado no sua poltrona reclinável, seu trono, ele olha, vê tudo com seu olho divino que tudo sabe (e sobre o que não sabe ele inventa, afinal ele é o criador), e pronto, um sorriso pinta em seus lábios, vamos trabalhar um pouco, vamos ser deus agora.

Em seu caminho João vai pensando,uma confusão de pensamentos passa pela sua cabeça, coisas confusas, pensa em como vai ser a entrevista, em como vai ser se conseguir, ahh seria muito bom, ele ta mesmo precisando disso, pensa tb (embora não deva, olha o pessimismo João, pensar positivo, positivo. Lembra???) em como vai ser se fracassar de novo, em como ele irá chegar em casa com mais esse fracasso no currículo, pensa em muitas coisas, ele tem tempo enquanto caminha, é longe e ele ta indo a pé pra economizar o dinheiro da passagem, duas horas de caminhada quase, da tempo pra pensar em muita coisa.

Deus ta lá, olhando o passado de João, investigando a vida dele todinha pra tomar sua decisão, decidir se ele deve ou não intervir pessoalmente para que João consiga o trabalho ou não, ele olha, mas não vê nada demais, João não é um santo, tem vários pecados na sua folha corrida divina, mas nada muito grave, enfim, nada emocionante, nenhuma morte, nenhuma violência contra mulheres ou crianças, bem comum como qualquer outra pessoa, o que não ajuda muito na decisão do senhor, e agora que ele já tomou parte nisso, ele tem que chegar a uma decisão. O que fazer nessas horas então?? Oras, o cara é deus, ele faz o que deus faz, testa a fé e a perseverança do peão, se ele passar no teste bom, recebe o “grande prêmio”, se não passar, então é porque não merecia mesmo.

Caminha João, caminha, pensa positivo, positivo caralho, olha o foco, não, não, isso não é hora pra pensar em como foi das ultimas vezes, não pensa nisso, relaxa e pensa que dessa vez vai dar tudo certo, isso, muito bem, vai pensando e caminhando ai que a gentejá volta pra vc daqui a pouco.

Um teste, é uma idéia não muito original, mas enfim, Deus não é conhecido como um inventor dos mais espertos mesmo, mas que tipo de teste afinal?? João ta no caminho, não da pra testar a fé dele deixando ele no deserto ou coisa parecida. - humm, vou ter que pegar leve dessa vez, deixa eu ver se um pouco de frio e chuva (só não deixa são Pedro saber que andei brincando com elemento dele senão ele vai falar um monte depois) é capaz de parar ele aqui...

Mas que porra, “começou a chover logo agora?” Pensa João, não chove a semanas, ele acordou, olhou pra fora, viu um solzinho gostoso da manhã, e de repente isso?? Chuva?, merda!, mas não tem problema, um chuvinha não vai me parar ele não, ele continua andando, (lá em cima um sorriso barbado), aqui em baixo a chuva aumenta, João para um pouco, se protege embaixo de um arvore ( lá em cima deus pensa “mas logo embaixo de uma arvore?? Esse ai ta querendo mesmo”, mas ele se controla, melhor não apelar), João acha melhor ir, ele ta sem relógio e não quer chegar atrasado, um pouco de chuva não vai matar, a chuva aumenta mais ainda, ele para, espera diminuir, quando começa a andar começa a ficar forte de novo (alguém ta se divertindo com isso, e não é João).

João ta ensopado mais ta indo, ele tem que chegar lá, é uma boa oportunidade que ele não quer perder antes mesmo de tentar, lá em cima vem mais chuva, já ta ficando chato isso, então vamos aumentar as apostas, João chega numa avenida aberta, nada dos lados só arvores, sem lugares pra parar e se proteger agora, (vamos ver o que ele acha de um vento cortante e uma pequena tempestade na cabeça, hehehe), “merda, merda, merda”, agora não da pra parar João, só te resta ir em frente ou voltar, e cuidado com os carros na pista o mané, quase que um ônibus pega teu braço a toda velocidade. (hummmm, pensa Deus, que sujeito chato, onde ele pensa que vai desse jeito, todo ensopado parecendo um cachorro molhado, deixa eu te ajudar aqui um pouco, acabar com seu sofrimento), João olha e não acredita, não é possível isso, uma hora e meia caminhando pra dar de frente com a pista toda alagada, um água cor de laranja, trazendo barro dos barrancos barra todo seu caminho a frente, “puta que pariu, agora fodeu”, é João fodeu, mas vai lá, tenta atravessar, põe seu pé la e vê se da passar, vc tem que chegar daqui a pouco. (caralho, que sujeito chato, ele não desiste não porra, não ta vendo que não da mais tempo??? Resmunga Deus), pronto, agora é o fim, o barro laranja já entrou no tênis, manchou a barra da calça toda, ele ta alem de molhado todo sujo, para numa borracharia no meio da avenida, o único estabelecimento que ele achou ali e pergunta as horas, “porra, tarde demais” e ele finalmente vê que não tem como chegar a tempo mais, acabou..

“Eu já desconfiava” pensa deus, “vai ter que fazer melhor que isso se quiser me vencer filho, continua tentando.”

Quando a João?? Bom, não a primeira vez que ele se dá mal, e nem vai ser a ultima, esse foi só mais um dia comum na vida dele, ele vai sentir uma gama de emoções, não vai conseguir manter o tão precioso otimismo que deveria ajudo, não nos primeiros momentos, vai se perguntar se não teria sido melhor aquele ônibus ter pego ele no meio da avenida e acabado logo com essa porra toda, mas no final vai passar e ele vai continuar por ai, tentando, e se ele tivesse alguma fé, até rezaria pra Deus, por ajuda, ou então pra que ele o deixasse em paz, tanto faz.

O que? Vc quer um moral pra historia? Depois de perder seu tempo lendo tudo isso, vc quer um final com alguma lição de moral, alguma conclusão filosófica ou algo que o valha?, rs, sinto muito, acho que a única moral que consigo ver nisso tudo é a seguinte “É mais divertido ser Deus que ser um João qualquer”

domingo, junho 18, 2006

Brincando de realismo

Desenhos realistas nunca foram o meu forte, se é que eu tenho algum forte, mais algumas vezes eu tentava seguir os passos daquelas revistas que ensinam a desenhar, com seus enquemas, medições e tudo mais, esses aqui são alguns que eu tentei fazer a muito tempo atraz baseados em fotos.

Usando um lapis 6B era pra ter saido uns efeitos de sombra legais, mas minha mão é muito pesada e nunca consequi chegar nos resultados ideias, acho que foi uma das razões de eu ter desestido de tentar desenhar assim, embora eu sempre gostei mesmo foi de brincar de desenhar super - hérois.

E no mais, tentar desenhar assim tem que ter tecnica de verdade, manjar de anatomia, perspectiva, sombras e uma infinidade de coisas, e como não manjo de nada disso melhor ficar brincando mesmo, deixa pra quem tem o dom.
E por hoje chega, to sem saco e falar sobre realismo, realidade, enfim, é uma porcaria, realidade é uma merda....

quarta-feira, maio 24, 2006

Mais dos mesmos, mas agora pintados......

Insistindo, insistindo tentando pintar usando o phothoshop uma hora ou outra vai sair algo decente (assim espero), acima um desenho do homem-barata pintado, acho que até agora foi a melhor coisa que eu consequi fazer pelo photo. Ainda tava em vias de escolher se esse seria o uniforme definitivo (tava pensando em mudar a mascara) e a cor tb, gostei do tom do marrom, mas não sei se é bem isso que eu to querendo não, por enquanto vamos deixar assim mesmo.Aqui outro desenho que eu ja tinha postado antes tb, pintado com o painte, corel e tal, agora ele pelo phothoshop, adicionei um fundo na ilustração (quem desse eu consequisse fazer esse fundo a mão)pra deixar mais interessante e tal, nem ia postar assim com esse fundo, mas ai o "gênio" aqui esqueceu e acabou salvando essa versão por cima da original sem o fundo. (burro)

Este eu tinha postado anteriormente em preto e branco que eu resolvi dar um pintada, acabei gostando do resultado final deste tb, isso me anima a continuar tentando até pegar as manhas direito, o que me lembra que eu tenho que começar a usar algumas referências na hora de pintar, pra aprendera ter noção de luz, efeitos e coisas assim.Uma ilustração que eu nem tinha terminado ainda, era pra ser um personagem de um historia cheia de carinhas assim, com assas e tal, uma espécie de anjos com super poderes combatendo anjos do mal, ou qualquer cretinice do tipo, essa é a versão "humana" dos anjos, tive essa idéia "brilhante" nem tinha em vista direito esse conceito, os anjos em suas formas primarias eram um troço que era só um "bola" com um desenho de uma cabeça, pernas e braços saindo diretamente da cabeça e asas nas costas. Isso ai viria a ser o aspecto humano deles, ou a evolução, sei la, nem lembro mais, eu acho que tenho num caderno velho aqui os primeiros traços deles assim, qualquer dia eu posto essa tosqueira.Aqui um desenho que eu fiz e o Eder, um amigo meu pintou usando o GIMP, programinha desgraçado, legal de usar tipo o photo, mas vive me deixando na mão (ou melhor, me deixava, fiquei injuriado e tirei essa encrenca do pc). acho que essa foi uma das primeiras pinturas que ele fez usando esse programa, atualmente ele ta pintando bem melhor e conseque fazer uns efeitos da hora.E pra finalizar ele de novo, o homem barata, (sempre ele), pintando pelo Blognambulo, ele manja mais desse negocio de pintar do que eu, então antes de tentar pintar aqueles la em cima, ele pintou esse aqui pra mim, assim deu pra ter um idéia do que era possível fazer, valeu blog, um dos maiores fãs do homem barata, hahahaha.

sábado, maio 06, 2006



No inicio tudo parecia normal. Eu nasci como qualquer outro. Ou assim pensava. Logo descobri que de normal não tinha nada. Talvez a aparência, quando imóvel eu ficava. Eu era diferente. Não queria. Mas era. Tentei viver como as pessoas normais. Não dava. Tive sonhos que qualquer um teria. Não eram pra mim. Tive desgostos que a maioria nunca sentiu. Nem poderiam.

Ainda no começo tinha esperanças. Tinha se não fé.. sonhos, esperanças. Acreditava que poderia mudar meu próprio destino. Crescer. Ser normal. Não dava. Eu vim de um planeta diferente. Características diferentes. Sentimentos diferentes. Vivendo entres sonhos e vazios num mundo que nunca foi o meu. Tentando me adaptar. Jogar pelas regras. Não conseguia.

Fui crescendo. Sonhos foram morrendo no caminho. Esperanças se desfazendo. Tentava fugir pro meu mundo. Mas a realidade sempre me encontrava. Fugir nunca foi a solução. Mas aqui eu não tinha poderes pra lutar contra nada. No meu mundo eu poderia ser um herói, um guerreiro. Mas aqui, eu era só visitante estranho.Uma anomalia fraca. Sem saber o que fazer.

Busquei viver normalmente. Mesmo fora de meu lar. Seguir a vida. Até me apaixonar. Mas eu não sou daqui. Nunca entendi direito o que tinha que ser feito. Eu tinha o que o ser amado queria. Mas elas sempre queriam de outro jeito. Eu não sou daqui, isso estava claro. E não bastava o que eu sentia ou pensava. Mas sim de onde eu vinha e o que eu era. Não viam nada de errado. Gostavam dos meus pensamentos. Mas eles estavam colocados no corpo errado.

Eu resisti enquanto pude. Lutei numa batalha que nunca iria ganhar. Fiquei num lugar onde não era meu lar. Eu tentei mesmo. Até me cansar. Perdi muitas batalhas em que nem mesmo podia lutar. Até que cansei. Isso não era para mim afinal. Pra que insistir se eu nunca seria normal? Com esse pensando eu tomei minha decisão. Ficar por ficar seria em vão. Reuni toda a força que me restava. E decidi tentar voltar para casa.

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Dessa vez não postei nenhum desenho meu, e sim esse texto que eu achei num caderno velho aqui, escrito a alguns anos, mas precisamente na época que comecei a ler uns gibis mais diferentes do tradicionais super heróis, época em que fiquei fascinado por historias com temática adultas, lendo revistas como heavy metal, metal pesado (o clone nacional), e algumas outras publicações de autores ou histórias de terror de desenhistas brasileiros como o Shimamoto, queria fazer algo do tipo, menos super herói músculoso, mas "estranha” digamos assim, enfim, ficou só no texto mesmo, como sempre, mas hoje relendo isso, apesar dos erros e ser coisas de anos atraz já, isso de certa forma me chamou atenção, queria ter feito um desenho meu mesmo pra colocar aqui nesse post, mas ando um lixo pra desenhar essas ultimas semanas, ta foda.. espero um dia ainda conseguir terminar isso e fazer do jeito que eu pensei.

quarta-feira, abril 12, 2006

Vou dormir..


CONSOLO NA PRAIA

Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humor?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.

quarta-feira, abril 05, 2006

Viajando nas cópias

Duas ilustrações copiadas do Spawn, herói odiado por muitos e desenhado por um dos meus desenhistas favoritos, Todd Macfarllane, que junto com Jim Lee e Marc Silvestri foram responsaveis pela Image, (tá, tá, tinha o Liefield tb, mas esse eu não eu tb não sou insano pra gostar ,rs,) gostava muito dos desenhos deles nessa época, bom ainda gosto dos desenhos do Lee e do Silvestri, pena que nunca mais vi o Macfarllane desenhando nada.
Parece estranho mas muita gente que curtia, comprava e gostava desses gibis quando eles sairam, hoje metem o pau, ta certo, sou o primeiro a concordar que em termos de história ficava devendo um bocado, mas porra, nem todo mundo pode ser Alan Morre ou Neil Gaiman cacete, hoje todo mundo esnoba, como se não tivesse olhado na época e ficado impressionado, as vezes eu acho que esses esnobes ja nasceram agarrados num exemplar de Sandman. "qual foi o primeiro gibi que vc leu quando era criança heim??" "ah, com 7, 8 anos de idade eu lia Sandman e Monstro do Pantano", até parece.....

Eu continuo fã dos desenhos desses caras até hoje, dos desenhos, aprendi a gostar de outras coisas, outros estilos, mas nem por isso eu vou renegar agora o que me impressionava na infância, mesmo porque quando eu era novo nem que eu quissese eu poderia ler nada que não fosse as revistas mensais da abril que saiam nas bancas aqui de Jandira, não tinha essa de album de luxo, quadrinhos adultos, pensando por esse lado, queria ter sido um playboyzinho mimado tb pra poder hoje ta esnobando por ai, mas enfim, não deu, e pensar que minha primeira revista do Frank Miller foi roubada da banca, é roubada mesmo, ai ai, era Batman-cavaleiro das trevas, elevando meu conceito de leitura a um patamar que eu não tinha visto antes, mas foi só tb, não tinha Gaiman's e Moore's pra roubar por aqui, infelizmente. Hoje é com prazer que vejo Frank Miller, meu escritor preferido, fazendo All Star Batman e Robin o menino prodígio, junto com Jim Lee... mas chega de devaneios, vou ver se acho algum desenho aqui que eu tenha tentado copiar do Lee e Silvestre pra postar tb, num classico anos 90.